A
sucessão no âmbito da Praticagem local acontece de dois em dois anos, sendo que
o presidente tem direito à reeleição. Existentes em todos os portos do mundo,
em Areia Branca os serviços de Praticagem remontam há décadas. Consistem num
conjunto de atividades profissionais de assessoria aos comandantes, requeridos
por força de peculariedades locais que dificultem a livre e segura movimentação
de embarcações, com o objetivo de garantir a segurança da navegação em áreas
portuárias e hidrovias interior onde o tráfego aquaviário apresenta riscos para
as embarcações, suas tripulações e cargas.
A
profissão de prático, que é vitalícia, continua sendo muito cobiçada e o número
reduzido de pessoas que desenvolvem a função no município é em razão da sua
complexidade. Entrar nesse restrito grupo de profissionais que nos tempos
áureos da navegação embolsavam muito dinheiro, não é tarefa fácil. A preparação
de um prático exibe muitos conhecimentos e anos de aprendizado. Para o
exercício pleno da atividade a pessoa tem que saber orientar a navegação em
portos e seus canais de acesso, barras, rios e ao longo de trechos da costa.
Além
da condução dos navios nas áreas críticas para a segurança do tráfego
aquaviário, a atividade de Praticagem compreende a direção das diversas
manobras realizadas nessas áreas, denominadas Zonas de Praticagem,
destacando-se a coordenação do emprego de rebocadores e outros meios auxiliares
nas manobras das embarcações.
A
execução do serviço em escala de rodízio proporciona uma disponibilidade 24
horas por dia, 365 dias por ano. Em épocas de efervescência do setor marítimo
areia-branquense, os práticos chegavam a atender entre 25 e 30 embarcações por
mês. Hoje, o Porto-Ilha de Areia Branca registra uma média de 8 navios. O
que na opinião do prático Cleodon Bezerra, se comparado o porte de um navio que
atracava no terminal salineiro cerca de 20 anos atrás, com os atuais, de grande
porte, fica quase uma coisa pela outra.
FONTE
– O MOSSOROENSE